terça-feira, 30 de junho de 2009

Aplicações do RFID

Hospitalares

Pesquisadores da área de saúde sugerem que um dia um pequeno chip RFID implantado embaixo da pele, poderá transmitir seu número e automaticamente acessar um completo registro de sua saúde. Funcionários do hospital, remédios e equipamentos também podem ser etiquetados, criando um potencial de administração automática, reduzindo erros e aumentando a segurança.

Outras aplicações médicas: existem os implantes de tags em humanos que contém toda a informação de um paciente, podendo ser facilmente lida por um médico assim que o paciente chega ao hospital. Uma outra interação com a área médica pode ser no uso de lentes especiais com um transponder implantado no olho de um paciente com glaucoma.

Muitos hospitais têm começado a adotar sistemas RFID ativos com o objetivo de localizar peças de equipamentos quando o pessoal médico os necessita. Esta rastreabilidade serve a dois propósitos. Primeiro, o pessoal médico, especialmente enfermeiros, pode gastar menos tempo “caçando" equipamentos de que precisam, o que faz com que dediquem proporcionalmente mais tempo de atenção direta aos pacientes. Em segundo lugar, os hospitais podem utilizar de forma mais eficiente os equipamentos que têm, gerando menos despesas relativas à locação e aquisição de equipamentos adicionais.

Tais sistemas RFID tem sido chamado de "sistemas de localização interna”. Outros hospitais começaram a adotar RFID ativo para identificar e localizar pacientes e membros da equipe. Por exemplo, dispositivos RFID foram incorporados em pulseiras de identificação de pacientes para que o pessoal médico possa identificá-los eletronicamente antes de cirurgias e transfusões sanguineas, e antes de administrar medicamentos. Além disso, estes sistemas foram implementados com o objetivo de localizar e acompanhar movimentos e fluxos de pacientes e de materiais através do hospital. Da mesma forma, a equipe médica recebe etiquetas RFID ativas incorporadas em crachás, a fim de recolher dados sobre presença e encontrar ineficiências nas operações hospitalares. Estes últimos tipos de sistemas têm sido implementadas principalmente em prontos socorros e centros cirúrgicos, que são locais onde há grandes volumes de pacientes e os riscos crescentes de erro médico.

Implantes humanos

Implantes de chips RFID usados em animais agora estão sendo usados em humanos também. Uma experiência feita com implantes de RFID foi conduzida pelo professor britânico de cibernética Kevin Warwick, que implantou um chip no seu braço em 1998. A empresa Applied Digital Solutions propôs seus chips "formato único para debaixo da pele" como uma solução para identificar fraude, segurança em acesso a determinados locais, computadores, banco de dados de medicamento, iniciativas anti-sequestro, entre outros. Combinado com sensores para monitorizar as funções do corpo, o dispositivo Digital Angel poderia monitorizar pacientes. O Baja Beach Club, uma casa noturna em Barcelona e em Roterdão usa chips implantados em alguns dos seus frequentadores para identificar os VIPs.

Em 2004 um escritório de uma firma mexicana implantou 18 chips em alguns de seus funcionários para controlar o acesso a sala de banco de dados.

Recentemente, a Applied Digital Solutions anunciou o VeriPay, chip com o mesmo propósito do Speedpass, com a diferença de que ele é implantado sob a pele. Nesse caso, quando alguém for a uma caixa electrónica, bastará fornecer sua senha bancária e um scanner varrerá seu corpo para captar os sinais de RD que transmitem os dados de seu cartão de crédito.

Especialistas em segurança estão alertando contra o uso de RFID para autenticação de pessoas devido ao risco de roubo de identidade. Seria possível, por exemplo, alguém roubar a identidade de uma pessoa em tempo real. Devido a alto custo, seria praticamente impossível se proteger contra esses ataques, pois seriam necessários protocolos muito complexos para saber a distância do chip.

Industrial

Leitores de RFID estáticos: a indústria dos meios de transporte é uma, entre muitas, que pode se beneficiar com uma rede de leitores RFID estáticos. Por exemplo, RFIDs fixados nos pára-brisas de carros alugados podem armazenar a identificação do veículo, de tal forma que as locadoras possam obter relatórios automaticamente usando leitores de RFID nos estacionamentos, além de ajudar na localização dos carros.

As empresas aéreas também podem explorar os leitores estáticos. Colocando RFID nas bagagens, pode-se diminuir consideravelmente o número de bagagens perdidas, pois os leitores identificariam o destino das bagagens e as direcionariam de forma mais eficiente.

No setor industrial os sistemas de RFID têm várias aplicações. Uma delas é na identificação de ferramentas, que no caso de grandes indústrias facilita o processo tanto de manutenção, quanto de substituição e administração das mesmas. Mas outro campo que sistemas RFID podem tanto melhorar a rapidez e qualidade do serviço, como também ter um papel de segurança nas indústrias é na identificação de recipientes, embalagens e garrafas, principalmente em produtos químicos e gases, onde um erro na hora de embalar pode causar sérios danos.

Hoje em dia, a maioria dos sistemas que gerencia recipiente é baseada em código de barras, porém no meio industrial o uso deste tipo de sistema não é confiável o suficiente, e os transponders de um sistema RFID pode guardar mais informações úteis posteriormente, como dono do recipiente, conteúdo, volume, preenchimento ou pressão máximos e dados de análise, além dos dados poderem ser mudados e um mecanismo de segurança pode ser implementado, evitando escrita ou leitura não autorizadas. As tags usadas são de acoplamento indutivo, trabalham em uma faixa de freqüência <135>

Comercial

Leitores de RFID móveis: os leitores de RFID podem ser instalados em aparelhos que fazem parte do dia-a-dia das pessoas, como os celulares. Colocando um destes celulares em frente a um produto com RFID obtém-se seu preço, por exemplo, assim como suas especificações. O celular também pode ser usado para compras, através da leitura do RFID de um determinado produto. A companhia de cartão de crédito efetua o pagamento através da autorização do celular.

Exemplo de aplicação para RFID em celulares: check-in em hotéis. Assim que o hóspede faz o check-in, o hotel envia o número do quarto e a "chave" para o celular do hóspede. Este se encaminha para o quarto e usa seu celular para destravar a porta.

E no varejo ?

A Professora Regiane Relva Romano destaca que a tecnologia RFID poderá ajudar o varejo a experimentar vários benefícios com relação o seu uso, tanto no que tange à redução dos custos, à geração de valor quanto ao aumento de segurança e cumprimento de requisitos de mercado.Pode-se dizer que na medida em que a adoção dentro da organização e na cadeia de suprimentos aumentar, os benefícios e as oportunidades ficarão mais evidentes. Lembra que há praticamente um consenso mundial de que a adoção desta tecnologia no varejo se dará em três fases: curto prazo no palete, médio-prazo em caixas e longo-prazo nos itens. Os benefícios poderão ser sentidos já nos primeiros processos, uma vez que conseguirão auxiliar na localização de pallet, no planejamento de operação, na redução de estoques de matérias-primas, na acuracidade do recebimento e na reutilização dos containers. Já em um segundo momento, os benefícios serão ainda mais evidentes, pois a redução dos estoques e o planejamento da demanda serão ainda mais automatizados, bem como o picking será agilizado. Quando chegar no item, os benefícios serão totais, uma vez que haverá agilização do check-out, prevenção de perdas, segurança e autenticidade de produtos, acuracidade de estoque físico x contábil, otimização de promoções, redução da quebra e disponibilidade de produtos constante, devido à visibilidade ao longo de toda a cadeia.

A junção da RFID, da rede WiFi e da telefonia celular estão impondo um novo formato de negócios. Aproveitar a mobilidade dos consumidores com a facilidade da Web e, com os recursos do celular, abrirá novas oportunidades para impulsionar as vendas. Saber os hábitos dos consumidores, suas preferências, seus anseios e ter sua confiança conquistada, proporcionará a venda de produtos por impulso; porém, a privacidade terá que ter foco total para que os consumidores não se sintam invadidos e controlados, o que fará com que a tecnologia seja vista como um problema e não uma solução. Para tanto, a União Européia já criou uma comissão destinada especificamente para tratar deste fórum.

Uso em bibliotecas

Em bibliotecas e centros de informação, a tecnologia RFID é utilizada para identificação do acervo, possibilitando leitura e rastreamento dos exemplares físicos das obras.

Funciona fixando uma etiqueta de RFID (tag) plana (de 1 a 2 mm), adesiva, de dimensões reduzidas (50 x 50 mm em média), contendo no centro um micro-chip e ao redor deste uma antena metálica em espiral, que um conjunto com sensores especiais e dispositivos fixos (portais), de mesa ou portáteis (manuais) possibilitam a codificação e leitura dos dados dos livros na mesma, principalmente seu código identificador - antes registrado em códigos de barras.

A etiqueta é inserida normalmente na contracapa dos livros, perto da lombada, dentro de revistas e sobre materiais multimídia (CD-ROM, DVD) para ser lida à distância.

É possível converter facilmente os códigos identificadores existentes atualmente no código de barras para etiquetas RFID através de equipamentos próprios para esta conversão.

Algumas aplicações em bibliotecas:

  • Auto-atendimento
  • Controle de acesso de funcionários e usuários
  • Devolução
  • Empréstimo
  • Estatística de consulta local
  • Leitura de estante para inventário do acervo
  • Localização de exemplares indevidamente ordenados no acervo
  • Localização de exemplares em outras bibliotecas da rede
  • Re-catalogação

Apesar de ser possível o uso de etiquetas de RFID para segurança anti-furto de acervo (algumas etiquetas permitem gravar a informação se está ou não emprestado em um bit de segurança), este uso não é recomendado, devido ao fato de qualquer barreira metálica poder "blindar" ou bloquear os sinais de rádio impossibilitando a leitura da etiqueta. Assim, recomenda-se manter o sistema tradicional de segurança adotado em bibliotecas.

Informações baseadas no texto "Gerenciando a Biblioteca do Amanhã: tecnologias para otimização e agilização do serviços de informação" de autoria de Isabel Cristina Nogueira, Bacharel em biblioteconomia.

Para saber mais, acesse: RFID Technology for Libraries, Prepared by Richard W. Boss

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/RFID

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