terça-feira, 30 de junho de 2009

Futuro do RFID

Em estimativa feita pela empresa Gartner, especialista em análise de informações na área de tecnologia foi previsto para que no ano de 2010 a tecnologia de RFID tenha investimentos de mais de 3 bilhões de dólares. Christopher Lafond, vice-presidente da Gartner, menciona que não está correlacionado o uso de código de barras com o uso de etiquetas de RFID, ou seja, não é porque o código de barras é usado intensivamente que esta nova tecnologia também será. A tecnologia de RFID será impulsionada pelo fato de que em devidos lugares era impossibilitada o uso de código de barras e a distribuição em larga escala pelos setores emergentes será evidenciada em meados de 2007. A adoção da tecnologia RFID continua a crescer, e os gastos em hardware e software irão aumentar no final de 2006 e 2007 já que os benefícios reais estão sendo verificados, segundo a empresa. Os analistas da Gartner lembram que as empresas não devem ver o RFID como um substituto dos códigos de barras. As duas tecnologias vão co-existir, aplicando-se uma ou outra à situação mais conveniente. “No geral, os códigos de barras são melhores para coletar informações em processos bem estruturados e projetados, como armazéns,” diz o senhor Woods. “No entanto, as etiquetas RFID serão usadas para a coleta de informações de recursos móveis e de processos de negócios não estruturados e caóticos, em ambientes como hospitais, dando a esses ambientes (com falta de planejamento sofisticado de processos ou controle) a possibilidade de serem controlados sistematicamente”.

A tecnologia será aplicada pelas empresas conforme a necessidade de cada uma, as de logísticas e de remédios por exemplo tendem a adotar mais rapidamente que as demais. Isso se deve a necessidade de combater a falsificação de produtos. “Existe um foco significativo no uso de RFID na área farmacêutica por causa do interesse do “US Food and Drug Administration” de usar as etiquetas para ajudar a combater falsificação. É provável que vejamos uma disseminação das etiquetas em 2007,” cita o senhor Woods (vice presidente da Gartner).

Outras vertentes do possível uso da tecnologia do RFID são discutidas a seguir:

Há alguns anos, é permitido em alguns países da Europa, como a Inglaterra, a aplicação subcutânea de chips RFID para identificação de animais de estimação – algo assim como uma coleira eletrônica. Sabemos o quão mais ágeis os processos podem tornar-se com a utilização do RFID. Essas etiquetas funcionam basicamente como uma versão anabolizada dos já conhecidos códigos de barra. Só que ao invés de serem "lidas" por um leitor a laser, elas são capazes de transmitir informações, de mercadorias, por exemplo, por meio de rádio-freqüência. Já existem grandes companhias que adotaram a tecnologia como uma forma de rastrear seus produtos desde a origem até os depósitos e lojas. O problema é que esses chips estão chegando perigosamente perto da gente.

Os ministros dos países membros da União Européia se puseram de acordo quanto ao uso dos passaportes biométricos e os primeiros serão emitidos até o final de 2006. Serão dotados de um chip RFID que, além da identificação do portador (nome, filiação, data e país de nascimento) conterá, inicialmente, sua foto digitalizada e dados faciais (um conjunto de números, que representam uma intrincada relação entre parâmetros característicos do rosto humano – como distâncias e ângulos entre olhos, boca, nariz, maçãs faciais – e outros dados antropométricos usados por uma tecnologia de identificação denominada reconhecimento de fisionomia). Dentro de três anos, o chip conterá também a impressão digital digitalizada.

O governo dos EUA determinou que a partir de outubro de 2005 todo cidadão natural de um país isento da exigência de visto para entrar no país deve portar um passaporte com dados biométricos (machine-readable) capazes de serem lidos por uma máquina. O objetivo declarado é dificultar a falsificação do documento e facilitar a tarefa das autoridades de imigração, já que um passaporte destes nem precisa ser exibido ao oficial de imigração, mas em se tratando de um chip RFID, que emite permanentemente dados que podem ser captados por sensores situados em um raio de alguns metros, nada impede que seja usado para rastrear o indivíduo (ou, pelo menos, seu passaporte) em qualquer região onde se implemente uma rede de sensores.

Problemas que o RFID pode causar no futuro

Cientistas da Universidade de Amsterdam, na Holanda, conseguiram criar um vírus capaz de se auto-replicar por meio de etiquetas RFID. Eles descobriram que "se alguns tipos de vulnerabilidades estiverem presentes no software de RFID, a etiqueta infectada (intencionalmente) poderá transmitir o vírus para o banco de dados utilizado pelo programa. Por sua vez, ele transmite esse vírus para outras etiquetas RFID.” Animais de estimação, que possuem etiquetas de identificação implantadas sob a pele, seriam outra forma de disseminação do vírus. Mas, por conta de seu alto custo, essa tecnologia ainda não é massivamente utilizada no mercado, porém a tendência é que ele caia bastante com o tempo.

Pesquisas com RFID no Brasil

Sob o comando da Profa. Regiane Relva Romano, coordenadora dos cursos de TI, professores e alunos do Centro Universitário FIEO (fonte: www.unifieo.br) estudam aplicações dessa tecnologia. No momento, os principais interessados são os shopping centers e grandes magazines que procuram automatizar e virtualizar suas vendas e, ainda, ter controle sobre seus estoques. Mas como há inúmeras eventuais aplicações, os professores estão estimulando a criatividade dos alunos no encontro de novos caminhos. O interesse pelo RFID é tão grande que, neste ano de 2009, todas as classes de TI ficaram lotadas. No primeiro dia do ano letivo, os ingressantes foram recebidos por um sistema que indicava o local de suas salas de aula além de outras informações sobre a escola. Foi um pequeno projeto piloto que causou grande surpresa e entusiasmo entre os calouros.

Além deste trabalho no UNIFIEO, a Professora Regiane Relva Romano tem participado de diversos grupos de estudos na área de RFID, que tem uma área focada em desenvolvimento de soluções com RFID e as do comitê europeu "Towards a European Policy on RFID", “European RFID Network” e o "Internet of Things", que está estudando a internet das coisas. Estes fóruns aconteceram em Berlim/Alemanha (junho/07), Lisboa/Portugal (novembro/07), Nice/França (outubro/08). Foram debatidos diversas visões sobre a aplicação desta tecnologia em diversos segmentos de mercado, tais como: área de logística, hospitalar, controle de acesso, segurança, varejo, controle de eventos, controle de transfusão sangüínea, ajuda para locomoção de cegos, rastreamento de animais e de cargas, aplicação de RFID em aeroportos, passaportes, autenticidade de produtos, controle de temperatura, entretenimento, prevenção de perdas, meio-ambiente (desmatamento e controle de coleta de lixo), enfim, em diversas áreas, uma vez que seu uso é ilimitado !

Estes grupos de estudos também estão buscando estabelecer procedimentos, legislação, desenvolvimento tecnológico e protocolos de segurança que garantam a privacidade, bem como os padrões mundiais para a troca de informações, principalmente na cadeia de abastecimento, garantindo a proteção a todos os participantes da mesma.

No Brasil, por falta de engenheiros e técnicos especializados, ainda temos muito poucas iniciativas. Poderiamos, por exemplo, empregar o RFID nas maratonas, transportes públicos, controle de acesso, lojas, eventos, pedágios, rastreamento de cargas, logística, entre centenas de outra aplicações.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/RFID

Um comentário:

  1. Caro Ricardo,

    Espero que vocês reanimem com nossa iniciativa e volte a atualizar seu blog com posts interessantes como esse sobre RFID.
    O evento acontecerá em Búzios entre os dias 18 e 21 de outubro e promove uma ação com blogueiros e tuiteiros que inclui inscrição e hospedagem de graça para quem divulgar melhor o evento nas redes sociais. Veja: http://rfidinternetdascoisas.com/blogueiros_tuiteiros/

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