segunda-feira, 29 de junho de 2009

Como a Governança de TI está sendo discutida em Sergipe

Profissionais da área de Tecnologia da Informação (TI) se reuniram no auditório Federação das Indústrias para conhecer mais sobre a Governança de TI em Sergipe durante o Happy Hour Digital, promovido pelo Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec). O presidente da Empresa Sergipana de Tecnologia da Informação (Emgetis), Ulisses Benedito de Paula, participou do evento e explicou qual o papel da empresa no âmbito dessa governança.

A primeira palavra foi do presidente do SergipeTec, Teófilo Miranda, que destacou a importância da participação da Emgetis para o desenvolvimento da área de TI no estado. “A Emgetis veio aqui para falar de uma grande mudança, que significa muito para nós da área de TI. Vamos ver o reposicionamento de uma empresa que foi sucateada e que hoje ressurge das cinzas”, declarou Teófilo. Para ele, a nova empresa se constituiu numa mudança de orientação de governo, com a valorização dos profissionais que já atuavam na antiga Companhia de Processamento de Dados de Sergipe (Prodase). “Agradou-me muito observar o que está sendo feito na Emgetis”, completou.

Para iniciar a palestra, Ulisses de Paula expôs definições de governança corporativa, com o objetivo de contextualizar o assunto. Em seguida, tratou dos princípios que regem a governança de TI, destacando a definição do papel da TI para o negócio de uma organização, a avaliação do retorno dos investimentos e as lições aprendidas para otimização do processo. Segundo o presidente da Emgetis, existem vários modelos de estudo de governança de TI girando em torno de decisões, sendo que uma decisão de alto nível é a baseada em princípios. “No âmbito do governo poderíamos definir que o princípio de TI seria a inclusão”, exemplificou.


Entre os benefícios proporcionados pela governança está a percepção da TI como uma função estratégica para a organização. “O que se nota é um hiato entre a TI e as demandas. Com a governança conseguimos mecanismos para fazer melhores acordos”, concluiu o presidente. Conforme Ulisses Benedito, a Emgetis está construindo um modelo de governança que se adapta às propostas do Governo, que visam desenvolver o setor, beneficiar o cidadão, otimizar o uso do recurso, modernizar a máquina pública e promover a inclusão sócio-digital. “Esse cenário é desafiador porque envolve uma série de órgãos e secretarias. A Emgetis é uma resposta a esse modelo, já que toda a transformação pela qual a empresa passou trouxe em sua concepção a governança”.


O presidente informou ainda aos presentes que, além da política de governança, a atuação da Emgetis se dá na operacionalização da infraestrutura de TI e na gestão da Rede Governo, de forma aprimorada, otimizando os processos sem prejudicar o desempenho. Na parte de aplicações de negócios, Ulisses conta que será mais racional que cada órgão cuide especificamente das aplicações relacionadas com sua pasta. “Caberá a Emgetis manter a visão do Governo Cidadão, que tem como premissa chegar ao modelo em que se tenha um governo e um cidadão”, relatou.


Essa idéia provém do entendimento de que uma mesma pessoa utiliza vários serviços da administração, necessitando integrar, sempre que possível, as informações a cada indivíduo. “Para isso, vamos alinhar ações com todos os órgãos, definindo métodos de trabalho e parcerias. Entendo que esse modelo é mais factível e exeqüível para dinamizar as atividades dos órgãos”, interpretou Ulisses.


O coordenador de TI da Colina da Saudade, Márcio Cristian Santana, destacou o êxito da aplicação do procedimento pela administração estadual. “O governo acertou em fazer a aplicação da governança, por ser a melhor forma de adequar a TI aos processos do governo, pois, essa política contribui com o desenvolvimento das empresas e sinaliza os possíveis riscos de investimentos na área, evitando prejuízos”, opinou.


O coordenador de TI da Teleserv, Marcelo Coutinho, concordou com a opinião do colega. “Entendo o alto valor da governança principalmente por estar atrelada à nova estrutura da Emgetis, fruto da reformulação de uma simples empresa de processamento de dados para uma empresa detentora de conhecimento, que serve de base para tomada de decisões do governo na área”, avaliou.


O Happy Hour Digital foi finalizado com um debate entre o coordenador de TI da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Rogério Nascimento Lopes; o diretor executivo da Fluxo e Tecnologia e presidente da Associação das Empresa Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Assespro/SE), José Leonardo Barbosa; e o líder do Escritório de Projetos na Petrobras UMN/SEAL, José Guilherme Filho.

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